REPORTAGENS

 
Marte é aqui
 
À medida que avançam as pesquisas e estudos acerca de Marte,
fica claro que seu passado foi semelhante ao da Terra.
Cyro de Freitas*
De Belo Horizonte-MG
Para Via Fanzine

Marte: mistério no passado e no presente.

No momento em que a ONU lança seu relatório sobre a situação do meio ambiente na Terra e o homem começa a perceber o tamanho da estupidez que vem cometendo há várias décadas, assistimos reações das mais diferentes. É como se ninguém soubesse que a humanidade tomou um caminho sem volta.
 
Um outro relatório da ONU, divulgado no mês de março/2007, torna mais drástica a situação, pois cita um item essencial à vida: a água. Uma grande parte da população da Terra não terá água para beber em 20 anos.
 
Desde os anos 60 já se falava da destruição do planeta pela ação predadora do homem. As organizações ambientalistas, tão criticadas e combatidas pelas grandes potências, pintavam um cenário dramático para a vida na Terra já naquela época e, previam um desfecho ainda mais aterrorizante para os anos que viriam. Ninguém deu ouvidos.
 
As nações mais ricas, que são as mais poluidoras, não tomaram nenhuma providência para frear ou mesmo diminuir a emissão dos gases venenosos, principalmente aqueles advindos da queima de combustíveis fósseis. Uma grande contribuição para este estado de coisas vem também das queimadas, tão abundantes no Brasil, que assolam as grandes florestas que, mesmo assim, ainda teimam em resistir a tanta insensatez.
 
Hoje a situação chegou a tal nível crítico que até países que nunca se preocuparam com o meio ambiente, como os Estados Unidos da América, deram a entender da necessidade de se encontrar sistemas alternativos de geração de energia. Porém, parece ser bastante tarde.
 
Mas o que tem Marte com isso, perguntaria o leitor?
Cavernas marcianas, flagradas pelas lentes
do módulo orbitador Mars Express, da ESA.
 
Uma breve história ou exercício de futurismo pode esclarecer as coisas. Marte desde tempos remotos despertou a curiosidade do homem. Sem condições de estudá-lo, apenas ligavam sua cor vermelha ao deus da guerra na mitologia grega.
 
Com a criação do telescópio o homem teve as condições de ver detalhes de sua superfície, principalmente nas oposições mais favoráveis. Assim, surgiram as mais variadas hipóteses sobre o solo do planeta vizinho. Canais imensos trariam água das calotas polares geladas para o resto do planeta. Grandes manchas escuras ao Sul seriam florestas imensas que tal qual na Terra abrigariam uma grande variedade de animais e de plantas.
 
Mas era preciso explorar o planeta de forma mais detalhada. Surgiu assim a exploração através de naves espaciais. As primeiras tentativas russas e depois norte-americanas foram um fracasso quase total. Diversas naves enviadas se perderam no espaço, outras deixaram de funcionar já em órbita marciana e apenas algumas chegaram a enviar escassas fotografias antes de emudecerem. O primeiro sucesso obtido foi com a sonda norte-americana Mariner 4 que, em 1965, passou perto de Marte e enviou as primeiras fotos do planeta vermelho.
 
Tornou-se necessário um maior aprimoramento dos instrumentos e um melhor estudo das adversidades que uma viagem de tal magnitude exigia. Tudo isso foi feito e em tempo recorde e já em 1976 tínhamos as famosas Vikings norte-americanas não só orbitando Marte, como também utilizando módulos automáticos que pousaram suavemente no solo do planeta e enviaram dezenas de fotos de excelente qualidade para a Terra.
 
A ciência e a tecnologia deram saltos gigantescos em apenas uma década, o que permitiu o envio à Marte de diversas naves cada vez mais sofisticadas.
 
Polêmica imagem da sonda Viking (NASA), mostra uma
possível construção em formato de um rosto humano.
Vieram então as Mars Pathfinder - MPM (lançada em 1996), Global Surveyor - MGS (1996) -, Odyssey – MOM (2001), todas norte-americanas, e a Mars Express – ME (2003) da ESA (Agência Espacial Européia) que, infelizmente, teve seu robô de exploração perdido durante a tentativa de pouso. Esse módulo da ESA, em órbita marciana, carrega equipamentos de última geração para a exploração do solo através de potentes radares. Os resultados chegam todos os dias e a descoberta de um grande oceano gelado abaixo do solo de Marte é, sem dúvida, um dos maiores destaques.
 
A missão Mars Rover – MERM, utilizou os pequenos robôs Spirit e Oportunity (2003) da NASA, inseridos em solo marciano de maneira perfeita. Verdadeiros laboratórios ambulantes, dotados até de microscópios de alta precisão, analisam e fotografam diversos detalhes do planeta vermelho e enviam os sinais para os controles da Terra. Estas são as informações mais precisas que o homem poderia conseguir acerca de um outro planeta, sem colocar um astronauta sequer naquele ambiente altamente cruel.
 
Além disso, em uma decisão engenhosa, os técnicos da NASA passaram a enviar os dados e as fotos coletadas pelos robôs no solo, usando as naves em órbita de Marte como torre de transmissão de dados. O resultado não podia ser melhor. Os robôs passaram a economizar energia para um melhor trabalho de solo e a qualidade e rapidez dos dados impressionou a todos.
 
Projetados para durar três meses, os dois robôs surpreenderam a todos, pois estão em funcionamento até agora, em 2007. Lá no alto os módulos orbitadores mapeiam todo o planeta com fotografias de altíssima resolução. Centenas dessas fotos de Marte são publicadas todos os dias nos meios de comunicação, muitas delas são tão intrigantes que despertam muita curiosidade, não somente dos estudiosos desse assunto, como do público em geral.
 
São formações das mais variadas, indo de rostos esculpidos na rocha até pirâmides, passando por muros primorosamente trabalhados, grandes dutos encravados nas depressões e se estendendo por milhares de quilômetros. As câmeras flagraram também pequenos objetos com aparência de parafusos, conchas marinhas e até pequenas pedras preciosas aparentemente lapidadas.
 
Tudo isto nos leva a um provável elo de ligação entre a Terra e Marte e talvez com outros mundos habitados na imensidão do espaço. Ao grupo de naves que pesquisa dia e noite o planeta Marte, veio juntar-se agora a norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter - MRO (2005) -, composta apenas por um orbitador, mas carregando o que há de mais moderno em matéria de fotografia, pesquisa geológica através de poderosos radares, além de dezenas de outros instrumentos de precisão que não chegam ao conhecimento do grande público.
 
As fotos são de uma qualidade jamais vista e reportam detalhes de até 1,5 metros, registrados a partir da órbita marciana. Até os robôs que estão em solo já foram fotografados pelo MRO em pleno trabalho, mostrando os rastros de seus deslocamentos, bem como seus pára-quedas utilizados quando dos pousos. Algumas das fotos liberadas e os respectivos sites onde podem ser acessados através dos links que se encontram no final deste trabalho.
 
Marte tem a metade do tamanho da Terra e possui dois satélites, Phobos e Deimos. Sua atmosfera rarefeita é composta basicamente de Dióxido de Carbono (95,32%), Argônio e Hidrogênio em pequenas quantidades. A duração do dia marciano é praticamente igual ao da Terra, estações, movimento de translação de dois anos terrestres e temperaturas que vão de -140ºC a 20ºC, além de constantes e violentas tempestades de areia.
 
Esse ambiente não é propício para manter, atualmente, a vida como a conhecemos. Mas não devemos esquecer que foram encontradas formas de vida na Terra em escavações que atingiram os 4.000 metros em temperaturas apuradas de incríveis 170ºC e pressões que atingem mais de 400 vezes a pressão ao nível do mar. Foram também encontrados organismos vivos a 11.000 metros de profundidade na Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico.
 
Todos os estudos levam à conclusão de que, em tempos remotos, Marte abrigou alguma forma de vida. Se houve vida inteligente ainda não temos condições de afirmar. As pesquisas estão em andamento e acreditamos que até o ano 2030 o homem já tenha chegado ao planeta vermelho e conseguido obter diversas respostas científicas sobre esta possibilidade.
 
Mas o que tem a Terra com isto?
A aridez marciana é mostrada nesta foto da NASA (MRO).
 
Aqui entra a imaginação. A qualidade das informações adquiridas através das sofisticadas naves não tripuladas que estudaram ou que ainda estudam o planeta, forneceu aos cientistas todas as informações necessárias, que confirmam o fato de Marte já ter abrigado vida inteligente faz milhares de anos.   
                                              
Assim, podemos supor que, de modo similar à Terra na atualidade, uma civilização desenvolvida habitava Marte. Porém, a exploração excessiva de seus recursos naturais, a industrialização em escala gigantesca, a queima dos combustíveis fósseis, as desavenças entre os países, as guerras, as armas de destruição em massa acabaram com o equilíbrio ecológico, provocando o derretimento das geleiras e das calotas polares. Os continentes foram destruídos por terremotos gigantescos que por sua vez provocaram tsunamis formidáveis e toda a terra que havia foi submersa. Toda a população foi dizimada.
 
A atmosfera respirável fugiu para o espaço e Marte mergulhou em escuridão profunda. Com a atmosfera rarefeita que restou, se tornou alvo fácil para que meteoros acabassem de destruir o que restava do planeta, marcando para sempre sua crosta com rachaduras imensas, crateras gigantes, vales profundos e uma enorme quantidade de areia vermelha, fruto do ferro oxidado através dos milênios.
 
Aos dias atuais, somente restaram as ruínas das grandes e desenvolvidas metrópoles que abrigava. Essas construções gigantescas, apesar dos milhares ou talvez milhões de anos passados, das constantes e violentas tempestades de areia, ainda estão visíveis em solo marciano e com certeza foram fotografadas e estudadas pelas diversas naves automáticas enviadas àquele planeta.
 
Os cientistas têm todas as respostas, mas não repassam este conhecimento ao grande público, porque estão impedidos de fazê-lo por regras, contratos e até ameaças. Como acontece com a Lua, nos resta apenas esperar que algum “dissidente” resolva abrir a boca e, enfim, saciar nossa sede de saber.
 
Voltando ao tema inicial desse artigo, deixo uma pergunta para reflexão de todos: poderemos mudar o destino da catástrofe terrestre ou nosso planeta passará a formar com Marte o desolado eixo de planetas do Sistema Solar destruídos pela insensibilidade, ganância e falta de compromisso de seus governantes? 
* Cyro de Freitas é administrador, pesquisador em Astronomia e colaborador de Via Fanzine – E-mail: cyro.freitas@bol.com.br.
- Sugestão do autor: leia “O mistério de Marte”, livro de Graham Hancock.
 
- Observação do autor: Estão disponíveis centenas de fotos de Marte, várias em alta resolução, nos sites abaixo:  
- Imagens: NASA/JPL - ESA.
                 
- Produção: Pepe Chaves.




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Muralha Lunar
 

Uma ‘Muralha da China’ na Lua?


uito se tem estudado e falado sobre milhares de fotos que foram tiradas nas diversas missões
do Projeto Apollo, entre elas, encontram-se duas que mostram uma espécie de monumento
que sugere ter sido criado por alguma forma de vida inteligente em pleno solo lunar.

Cyro de Freitas*
De Belo Horizonte
Para Via Fanzine

Fotos da da Apollo 15 mostram a suposta muralha, inclusive, a sombra da mesma.

Desde as viagens que tinham como objetivo apenas testar os módulos de descida em órbita lunar até as missões que realmente pousaram no nosso satélite são centenas e centenas de fotografias das mais intrigantes.
Os curiosos sobre o assunto pesquisaram exaustivamente foto por foto das que foram liberadas pela NASA e puderam levantar suspeitas em dezenas delas. Diversos trabalhos foram efetuados, direcionados principalmente aos OVNIs que surgiam desafiadoramente em muitas delas. Com os recursos técnicos oferecidos atualmente pelos programas de computadores, tudo foi analisado, discutido, simulado e deixou a agência americana sem explicações para fatos realmente sensacionais.
Revistas especializadas e livros trataram do assunto com propriedade e nos deram uma clara visão de que muito está sendo escondido e o famoso sistema de acobertamento continua sendo usado descaradamente.
Apesar da clareza das fotografias e de depoimentos dos próprios astronautas, a NASA sempre negou e continua a negar qualquer anormalidade nas imagens liberadas. Contudo, estamos falando das imagens tornadas públicas. Imaginem as que não chegaram ao nosso conhecimento.
Dentre as que vieram a público, pelo menos duas delas levantam grandes suspeitas e, ao que parece, não foram alvo de investigações. Elas estão reproduzidas acima e podem ser acessadas através do site:
Quando ampliadas, revelam uma muralha de proporções gigantescas, com centenas de quilômetros de extensão. Nota-se claramente o perfeito acabamento tanto na parte superior como nas laterais. As sombras projetadas no solo nos dão uma exata noção do topo que se apresenta liso e a visão do alto mostra sem nenhuma dúvida o seu formato de muralha.
Será que somente a ação da natureza poderia construir essa “Muralha da China” na Lua?
Creio ser esta uma bela questão a ser discutida.
* Cyro de Freitas é administrador, pesquisador em Astronomia e colaborador de Via Fanzine – E-mail: cyro.freitas@bol.com.br.

- Imagens: NASA/JPL.
                 
- Produção: Pepe Chaves.


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